A Web 3.0 tem tudo a ver com os criptoativos por causa da blockchain, tecnologia subjacente que dá suporte para as moedas digitais. É essa tecnologia, cujo primeiro caso de uso foi o Bitcoin (BTC) no final de 2008, que está dando o caráter descentralizado da Internet do futuro.
A blockchain é um grande banco de dados compartilhado que registra as transações dos usuários. Para visualizá-la, pense nela como um sistema operacional rodando em diversos computadores espalhados pelo mundo. Todos os participantes (chamados de “nós”) podem ver e inserir dados, desde que sigam algumas regras pré-estabelecidas.
A diferença com um programa tradicional é que a blockchain, em seu formato público, não é controlada por uma entidade. Além disso, seu sistema é imutável – ou seja, a partir do momento que uma informação é registrada, não dá para alterá-la. Isso é possível por causa da forma como seu código foi criado, e de seus algoritmos.
Aplicativos descentralizadas (dApps), finanças descentralizadas (DeFi), tokens não-fungíveis (NFTs), metaverso e criptomoedas rodam nesse novo sistema.
“A Web 3.0 se trata da descentralização da internet como conhecemos, movendo de um contexto monopolizado por grandes instituições para outro no qual a rede é construída, operada e possuída pelos seus usuários. Para tornar essa descentralização possível, é necessário abraçar uma nova infraestrutura tecnológica, que nesse caso é a blockchain”, disse Bruno Diniz, diretor da Financial Data & Technology Association (FData) e sócio da Spiralem Innovation Consulting.